terça-feira, 9 de setembro de 2008

Quando nos será garantido o direito à vida?


Ao ver essa notícia no jornal: “MEAC (Maternidade Escola Assis Chateaubriand) continua funcionando com lotação”. Fico pensando...o tempo passa e as notícias nos jornais sobre saúde continuam as mesma. Por que será? O problema na MEAC é recorrente. Em 1996, morreram 48 bebês de 1º a 16 de novembro. Tanto tempo passou e os nossos governantes nada fizeram, desculpem fizeram sim, compraram 10 novos leitos de UTI que custaram mais de R$ 380 mil aos cofres públicos. Esses leitos estão no Hospital Gonzaguinha de Messejana, intacto.Intacto? Sim, e dizem que é por falta de profissionais para cuidar dos recém-nascidos.Pode, um negócio desse?
Situações como essa acontecem diariamente e nem tomamos conhecimento. Uma Unidade de UTI Neonatal com capacidade para 21 leitos, como pode abrigar 30 recém-nascidos? Superlotação em UTI’s pode causar infecção hospitalar e para que sejam evitadas infecções, é necessária higiene no local e cuidado redobrado dos profissionais. Há como fazer isso em leitos superlotados?
O descaso com a saúde pública já se tornou um problema permanente, isso só confirma a triste realidade dos serviços públicos no nosso País. Os governantes só lembram que saúde, educação são importantes quando estão em cima de um palanque, mas, quando chegam no poder esquecem que foram eleitos para administrar o interesse da população. População essa, que ainda tem obrigação de votar. Parece uma via de mão única, onde só o povo tem direitos e obrigações. Porque nossos administradores públicos prometem... prometem... mas, cumprir fica no esquecimento.
Fica a pergunta: para onde vai o dinheiro dos altíssimos impostos que pagamos? E não é a nossa Carta Maior a que nos garante ser a saúde pública uma responsabilidade do Estado? Os impostos estão sendo arrecadados, porém o retorno em forma de benefícios sociais é decepcionante! Os nossos legisladores são vorazes: decidem seus aumentos, enquanto nossas crianças morrem
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ANALFABETO POLÍTICO


O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.
(BERTOLD BRECHT)